O ano está acabando e é hora do varejo brasileiro fazer seu balanço: será que é possível comemorar os resultados?

No começo de 2019, com a chegada de um novo governo que prometia priorizar reformas como a da Previdência e a Tributária, as perspectivas do setor eram otimistas, mas o cenário econômico instável e a demora na aprovação das propostas trouxeram consequências durante todo o ano, com bons e maus momentos se alternando.

A reta final do ano promete um Natal com aumento de consumo. Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), deve haver acréscimo de 5,2% nas vendas natalinas, com movimento de R$ 36,3 bilhões, retomando patamar alcançado em 2014, quando houve recorde. Os motivos para o otimismo passam pela liberação de um volume maior dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), inflação controlada e facilidades de crédito.

A expectativa confirma outros levantamentos divulgados recentemente, como o índice expressivo registrado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na Pesquisa Mensal do Comércio divulgada neste mês, com dados relativos a outubro, que registrou seis meses consecutivos de crescimento, com 2,7% de aumento no varejo restrito e 4,2% no ampliado. 

As datas comemorativas tradicionais também apresentaram alta em relação a 2018: 1,7% no Dia das Mães, 1,4% no Dia dos Namorados, 0,8% no Dia dos Pais e 1,7% no Dia das Crianças.

O calendário do comércio nacional ganhou mais uma data neste ano. Iniciativa do governo federal, a Semana do Brasil, realizada de 6 a 15 de setembro, gerou um aumento de 18,5% nas vendas no e-commerce em relação à média diária de outras semanas recentes e um crescimento de 7,9% no total do varejo (físico e online). Também recente, o Dia do Consumidor garantiu aumento de 45% nas vendas em lojas virtuais em março, na compração com o mês anterior.

Semana do Brasil
O presidente da República, Jair Bolsonaro, durante o Lançamento da Campanha Semana do Brasil

A 10ª edição da Black Friday brasileira registrou crescimento consistente no faturamento no e-commerce. Segundo a consultoria Ebit Nielsen, foram R$ 3,2 bilhões, representando 23,6% de aumento em relação a 2018. Para a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o faturamento chegou a R$ 3,5 bilhões, com 20% de crescimento.

Os números positivos influenciaram os valores dos principais varejistas do país na Bolsa de Valores, com Via Varejo, Magalu, Renner, Lojas Americanas e B2W atingindo máximas históricas. Segundo a XP Investimentos, as ações do setor acumularam alta de 33% em 2019.

Tecnologia

Os principais players do varejo nacional continuaram investindo em inovação, tornando a experiência de compra mais completa, personalizada, digital e pautada no conceito de omnichannel, auxiliada pelas informações cada vez mais detalhadas obtidas a partir do Big Data e Inteligência Artificial (IA).

Uma das principais novidades tecnológicas foi o lançamento da versão em português da Alexa, assistente virtual de voz da Amazon. As versões da linha possuem conexão wifi e Bluetooth; são capazes de reproduzir músicas de aplicativos como Spotify, Amazon Music e Deezer; acionar o iFood ou Uber; conferir extratos bancários; acompanhar notícias e consultar o trânsito.

Alexa
A Alexa, que ganhou versão em português

A IA garante ainda que a assistente aprimore as sugestões conforme armazena informações sobre as preferências do usuário. O lançamento, aliado a ferramentas similares oferecidas por Apple e Google, entre outras empresas, traz novas possibilidades para a jornada de compra, tornando a ideia de adquirir produtos por comandos de voz uma realidade.

Se no exterior as lojas automatizadas como a Amazon Go, o Intelligent Retail Lab do Walmart e o supermercado futurista do Alibaba estão em franca expansão, a Zaitt inaugurou no Itaim Bibi, em São Paulo, mais uma loja autônoma, após projeto-piloto em Vitória (ES). O projeto é uma parceria com o Carrefour, responsável pelo suporte logístico e abastecimento.

Fazer compras em uma loja sem funcionários é prático, mas imagine receber entregas direto de robôs. O iFood anunciou que, a partir de 2020, utilizará veículos autônomos no processo de entrega de comida. 

As novidades não param. O que mais o varejo nos reservará no próximo ano?

Sobre a SoluCX

A SoluCX é uma startup de São José dos Campos (SP) que oferece soluções para gestão da experiência do consumidor. Com o software e a metodologia da SoluCX, empresas de todos os portes têm acesso a informações fundamentais para entender o comportamento do cliente e sua relação com a marca, o que permite traçar estratégias para gerar melhores resultados financeiros a partir da fidelização e aprimoramento de serviços e processos. 

A SoluCX acredita que, por meio da satisfação dos clientes, as empresas podem criar uma relação mais próxima e duradoura com a comunidade de cada uma de suas unidades. Atualmente, a SoluCX avalia em torno de 500 mil compras por mês, realizadas em cerca de 5.600 lojas de mais de 30 clientes, como Magazine Luiza, Spa das Sobrancelhas, Sorridents, Swift, Drogaria São Paulo, Drogarias Pacheco, Telhanorte, Petz e Cobasi, entre outros.

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